Sinopse:
Em 1922, Madri se vê em plena revolução cultural por conta das mudanças de valores provocadas pelo jazz, as ideias de Freud e a avant-garde . Nesse mesmo ano, aos 18 anos, Salvador Dalí (Robert Pattinson) entra para a faculdade determinado em se tornar um grande artista. Sua incomum mistura de timidez e exibicionismo faz com que a elite social da universidade volte suas atenções ao jovem estudante, como Federico Garcia Lorca (Javier Beltran) e Luis Buñuel (Matthew McNulty). O filme acompanha a relação travada entre esses tão importantes artistas contemporâneos. Muito frequentemente tenho uma necessidade (mórbida?) de ver algum filme de péssima qualidade. Não sei se é porque tenho uma certa safisfação ao falar mal de uma produção ou se é porque me divirto muito ao assistir uma tragédia cinematográfica. Dia desses, quando tive essa vontade, logo me veio à cabeça um nome já carimbado na filmografia de filmes ruins do cinema atual: Robert Pattinson. Seja na saga Crepúsculo ou em longas “alternativos” como o desastre Uma Vida Sem Regras, o jovem ator sempre se mete em roubadas. Poucas Cinzas é outro exemplo de como Pattinson não sabe o que faz. Imagine a audácia: colocar um ator ruim como Pattinson à frente de um projeto sobre a vida de grandes nomes como Fererico García Lorca e Luis Buñuel. E, mais do que isso, o Edward Cullen de Crepúsculo ainda faz o papel do histórico Salvador Dalí. O filme não tem ninguém famoso além dele, foi produzido em 2008 e até agora não teve uma distribuição decente (aqui no Brasil, por exemplo, ainda não tem destino nem previsão). A falta de repercussão com público e com a crítica não ajudou. Poucas Cinzas, além de ser péssimo, está fadado ao eterno esquecimento – incluindo com as crepusculetes fãs de Pattinson, que nunca ouviram falar desse longa. O roteiro não poderia ser mais perdido. É aquele típico caso em que o texto atira para todos os lados. Poucas Cinzas quer falar de política, revolução cultural, relações homossexuais reprimidas, arte, sexo… Não consegue discursar com qualidade sobre nenhum desses assuntos. Muitas abordagens e muita superficialidade. O ritmo é lento, o que dificulta demais um possível envolvimento com a história. A grande cruz que o filme tem que carregar, entretanto, é o péssimo elenco. Todos estão deslocados e mal trabalhados. Se Poucas Cinzas estivesse nas mãos de um diretor mais competente e não na de amadores, talvez não fosse a bobagem que é. Mas, como não está, fica esse péssimo resultado mesmo
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