O ladrão Ahmed (Douglas Fairbanks) se apaixona pela filha do Califa de Bagdá, só que para ficar com ela terá que enfrentar os concorrentes. O pai dela diz que dará a mão da filha em casamento ao homem que trouxer o mais raro tesouro depois de sete luas. O ladrão sai nessa mágica jornada, mas ele não sabe que o outro pretendente, o Príncipe dos Mongóis, não está jogando limpo.
legendado
CRITICA
O Ladrão de Bagdad, adaptação livre de “As Mil e Uma Noites”, foi o filme mais caro de seu tempo, com um orçamento superior a 1 milhão de dólares. Não é difícil reconhecer esse investimento, já que não faltam cenários pomposamente detalhados, efeitos especiais avançados para época e um número expressivo de figurantes.
Douglas Fairbanks produziu, escreveu e estrelou essa interessante aventura do cinema mudo. Ele interpreta o ladrão do título, um tipo de anti-herói carismático cujo objetivo passa a ser conquistar o coração da princesa. Para isso, ele concorre com outros três pretendentes. Eles tem 7 dias para encontrar o tesouro mais raro. Quem conseguir terá a mão da moça.
Ainda que na primeira parte seja divertido ver Fairbanks demonstrando os seus dotes de acrobata, é mesmo da metade para o fim que O Ladrão de Bagdad encanta. Explorando as recém-descobertas potencialidades do cinema, a trama nos apresenta a elementos fantásticos e fabulescos, como cordas mágicas, tapetes voadores, lagartos gigantes e aranhas aquáticas. O diretor Raoul Walsh nos transporta com competência para esse verdadeiro mundo de sonhos, onde praticamente tudo é possível.
O filme tem suas falhas, mas ainda hoje oferece um bom entretenimento para quem tem paciência de encarar 140 minutos sem diálogos audíveis.