Produção: PUC Minas Virtual
País: Brasil
Idioma: Português
Ano: 2003
Duração: 56 min.
Cor: Colorido
O vídeo apresenta baixa resolução de imagem
Palestra com Oscar Cirino, Bacharel em Filosofia e Mestre em Filosofia pela UFMG, Coordenador do Curso de Pós - Graduação em “Saúde Mental-Clínica” no Unicentro Newton Paiva, em BH, Coordenador do Núcleo de Ensino e Pesquisa do Centro Mineiro de Toxicomania, Psicanalista, autor do livro “Psicanálise e Psiquiatria com Crianças”.
O francês Michel Foucault (1926-1984) é considerado por muitos especialistas um dos pensadores mais polêmicos do século XX. Formado em psicologia e psicopatologia na Escola Normal Superior de Paris, o filósofo francês lecionou na França, Alemanha e Suécia. Dentro da sua obra, Foucault põe em dúvida as teses de, no mínimo, dois “monstros” da cultura contemporânea: Karl Marx e Sigmund Freud. Nesta palestra, Cirino fala sobre Paul Viene, historiador e professor do Colégio de France, do grande número de leituras que a obra de Foucault suscita. Fala da loucura, da criminalidade e da sexualidade. Explica a dificuldade de inserir os trabalhos de Foucault em uma única disciplina, por não se constituírem domínio exclusivo dos filósofos. Fala da obra que Foucault produziu durante 30 anos, de 1954 até 1984: destacando a microfísica do poder, as palavras e as coisas, vigiar e punir, a história da loucura. Explana sobre como classificar o pensamento e a obra de Foucault, e mostra que seu trabalho está separado em dois momentos: momento arqueológico e genealógico. Aponta a tentativa de perturbar e abalar determinadas certezas do nosso pensamento e do nosso tempo como sendo uma constante na obra de Foucault. Discorre sobre o estudo do nascimento da clínica. Observa que a loucura não tem necessariamente que ser identificada a uma categoria médica como doença mental. Fala da relação entre o poder e o saber, sobre a justiça, do movimento intitulado Grupo de Informações sobre as Prisões, sobre as revoltas em todo o mundo contra as prisões. Fala da ordem da lei e a ordem da norma, das micropenalidades, dos juízes da modernidade, da justiça terapêutica e da terceirização da justiça. Explana sobre o controle nas sociedades modernas. E termina explicando as críticas mais freqüentes em relação ao pensamento de Foucault.