Little Deaths - Reliquias em DVDs
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Little Deaths

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O termo francês petit mort (pequena morte) é um eufemismo para o orgasmo. Serve também para designar a sensação experimentada depois do gozo, quando a euforia se acalma e a cabeça volta a funcionar normalmente. É essa a sensação que o espectador experimenta ao final de Little Deaths, uma estranha produção britânica dividida em três capítulos, todos eles histórias de horror pouco convencionais ligadas pelo tema do sexo.

Little Deaths (2011) (1)

O que impressiona não é tanto a ousadia da proposta, mas o quanto os episódios destoam um do outro. O primeiro, House & Home, dirigido por Sean Hogan, é conduzido como uma história da EC Comics, com uma narrativa tensa e uma reviravolta ligeiramente previsível. A história de um casal abastado que gosta de trazer mulheres de rua para seus jogos sexuais ganha pontos pelo ritmo e atuações convincentes, mas soa bastante convencional comparado aos outros episódios.

Little Deaths (2011) (2)

Já “convencional” é uma palavra que não se aplica de forma alguma a Mutant Machine, o segundo episódio, dirigido por Andrew Parkinson. Utilizando o esperma de um homem aprisionado (semelhante às vítimas do filme Martyrs) um médico cria comprimidos que provocam visões em quem os toma. A vida de uma ex-prostituta viciada em drogas se cruza com este bizarro cartel de medicamentos experimentais, com consequências inesperadas. A trama de Mutant Machine é bastante difícil de absorver numa primeira sessão, mas deixando as loucuras narrativas de lado, a interpretação de Jodie Jameson como a desafortunada prostituta Jen é bastante cativante, e segura as pontas.

Little Deaths (2011) (4)

O último episódio, Bitch, de Simon Rumley, é o que mais ousa no quesito sexo, ao tratar de uma destrutiva relação sadomasoquista de um casal de jovens. Pete (Tom Sawyer) é um barman dominado pela namorada Claire (Kate Braithwaite), uma dominatrix que sofre de um medo patológico de cachorros. Utilizando de filtros de cores e uma ótima trilha sonora, Simon Rumley entrega o melhor episódio do filme, com direito a um final impressionante. O grande trunfo de Little Deaths foi ter escolhido esse episódio para fechar o filme, criando uma sensação de pequena morte que nos faz olhar para trás e examinar essa intensa coletânea de curtas de uma forma especial.

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