Mike Wheeler é um ex-soldado australiano que retorna ao Afeganistão, em busca da redenção da família de um homem civil que ele matou durante a guerra... OU... Em Agosto, deste ano, os Talibã retomaram o controle do Afeganistão, após vinte anos de ocupação dos Estados Unidos. Isso torna "Jirga", de Benjamin Gilmour, ainda mais relevante. A história de um membro de um pelotão australiano que retorna à aldeia afegã onde matou, acidentalmente, um homem, tem um duplo propósito. O óbvio é que trata da moralidade da guerra. Mas também mostra a beleza natural do Afeganistão. Além das imagens de terroristas suicidas sem parar, o país tem ótimas paisagens. Sem dúvida, o terreno montanhoso é parte do motivo pelo qual o país se provou, repetidamente, impossível de colonizar com sucesso (talvez, só, Alexandre, o Grande) (ainda Árabes, Mongóis, Britânicos e Soviéticos)... OU... Era para ser filmado no Paquistão, porque o Afeganistão era considerado muito perigoso. No entanto, o diretor não teve permissão para fazer isso no Paquistão, então, ele mandou a maior parte de sua equipe para casa e, com apenas algumas pessoas, foram com ele para o próprio Afeganistão, porque ele não queria que todo o projeto fosse desperdiçado. Como espectador, fiquei muito satisfeito com o resultado, mas bastante nervoso ao longo da jornada, isso é certo. Ele tinha uma missão a cumprir, e observamos como sua perceção do país muda e, à medida que o filme avança, todos começamos a ver o que essas pessoas realmente consideram importante. Ele tem que se ajustar (e o faz) para ter qualquer probabilidade de sucesso. Assistir a essa compreensão gradual do que ele deve fazer é fascinante. A mistura de pessoas, velhas e jovens, é muito envolvente e também tentamos descobrir como interagiríamos com essas pessoas nas situações encontradas. As cidades e o interior do Afeganistão também desempenham um papel vital na história, em grande parte, sendo um deserto montanhoso. Portanto, o filme tem uma grande mistura de relações tensas, lidando com uma cultura estrangeira e um ambiente implacável, tratado com habilidade e leveza de toque. Definitivamente, vale a pena a viagem.