Produção: Leon Hirszman
Realização: Funarte
Textos de Nise da Silveira
Músicas de Edu Lobo
País: Brasil
Idioma: Português
Cor: Colorido
Qualidade de imagem de VHS e rodam somente em Dvd
DVD 1 - Imagens do Inconsciente 1 - Em busca do espaço cotidiano – Fernando Diniz
Duração: 1h20min
O filme é sobre Fernando Diniz, negro, filho de empregada doméstica baiana que busca recuperar um espaço cotidiano sob a forma de um quadro - é a pintura em luta constante contra o caos, o caos vivenciado como uma questão de paixão. Fernando submerge como uma autodefesa para viver no inconsciente, mas não é um grande mergulho, é algo mais no nível do cotidiano. A linguagem verbal, a expressão corporal e as relações de auto-valorização do tipo "ter um quarto só pra ele" são mostradas no filme. O Centro Psiquiátrico Pedro II tem muitas enfermarias em seus vários hospitais, mas Fernando tem um quarto só pra ele. Antes, ele já tinha passado por um depósito na Juliano Moreira, e isso sem nenhum diagnóstico médico. Hoje, Fernando Diniz é uma personalidade reconhecida internacionalmente.
DVD 2 - Imagens do Inconsciente 2 - No reino das mães – Adelina Gomes
Duração: 55min
O filme sobre Adelina Gomes nos mostra o caso da mulher que mata os próprios instintos simbolizados num gato para recuperar a vida animal na pintura passando pela vida vegetal. É um processo mitológico que passa pelo "vegetar". Adelina, moça pobre, filha de camponeses, com o curso primário e alguma formação manual, tímida e submissa à mãe, nunca havia namorado até os 18 anos de idade. Aí apaixona-se por um homem que não é aceito pela mãe. Sujeita-se e vai aos poucos se retraindo até que um dia estrangula a gata de estimação da casa, da qual ela gostava muito. Adelina nega-se como mulher matando a gata e se refugia na loucura.
DVD 3 - Imagens do Inconsciente 3 - A barca do sol – Carlos Pertuis
Duração: 1h10min
Quando seu pai morreu, Carlos ficou com a responsabilidade da casa e tudo foi muito difícil para ele. E ainda jovem tem uma experiência de iluminação interna. Nise a descreve assim: "Carlos, há vários anos, vinha sendo dilacerado por conflitos pessoais. Esses conflitos sugavam a energia do ego que ia se enfraquecendo e já começava a vacilar. Certa manhã, raios de sol incidiram sobre o pequeno espelho do seu quarto. Brilho extraordinário que deslumbrou-o e surgiu diante dele uma visão cósmica: o "Planetário de Deus", segundo suas palavras. Gritou, chamou a família, queria que todos vissem também aquela maravilha que ele estava vendo. Foi internado no mesmo dia no velho hospital da Praia Vermelha. Isso aconteceu em setembro de 1939. Carlos tinha então 29 anos". Sua mãe recomendou o internamento, e ele ficou lá o resto da vida