“Grandes Livros” é um projeto multi-plataforma de divulgação da literatura portuguesa que envolve uma série de 12 documentários, com 50 minutos cada, narrados por Diogo Infante, ator e diretor do Teatro Nacional D. Mª II.
Visa contribuir para a promoção da leitura das grandes obras da literatura portuguesa junto de todas as faixas etárias de falantes de português. Cada episódio contará com a participação dos principais especialistas na obra e/ou no autor em análise.
Não adianta, Fernando Pessoa consegue desestruturalizar qualquer alma calma com suas palavras de solidão. Como o próprio Pessoa escreve, esse livro é uma “autobiografia sem factos”. Apesar de assinar o “diário” com o pseudônimo de Bernardo Soares, Fernando Pessoa fala um pouco dele, e também fala sobre o amor, a ilusão, os sonhos, vida, trabalho… Ele deixa o leitor desconfortável com alguns comentários. O que vale muito a pena…
Pessoa cria seu próprio mundo, sem noção de tempo e sem encadeamento narrativo.
Sobre o autor: É considerado um dos maiores poetas de língua portuguesa, e o seu valor é comparado ao de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou-o, ao lado de Pablo Neruda, o mais representativo poeta do século XX. Por ter vivido a maior parte de sua adolescência na África do Sul, a língua inglesa também possui destaque em sua vida, com Pessoa traduzindo, escrevendo, trabalhando e estudando no idioma. Teve uma vida discreta, em que atuou no jornalismo, na publicidade, no comércio e, principalmente, na literatura, onde se desdobrou em várias outras personalidades conhecidas como heterônimos. A figura enigmática em que se tornou movimenta grande parte dos estudos sobre sua vida e obra, além do fato de ser o centro irradiador da heteronímia, auto-denominando o autor um “drama em gente”. Morreu de cólica hepática aos 47 anos na mesma cidade onde nasceu, tendo sua última frase sido escrita na língua inglesa: “I know not what tomorrow will bring… ” (“Eu não sei o que o amanhã trará”).
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