Sinopse: Em 1970 Jean-Luc Godard e Jean-Pierra Gorin, cineastas militantes do Grupo Dziga Vertov, vão à Palestina filmar os feddayin, membros da guerrilha palestina, posteriormente dizimados por Hussein. O projeto inicial permanecia incompleto até que em 1976 a obra “Aqui e em Qualquer Lugar” aproveita o material filmado e discute sobre o sistema de imagens e a revolução, ou em como a revolução se apropria das imagens, ou como elas são usadas na revolução.
“A grande suspeita colocada pelo Maio de 68 sobre a “sociedade do espetáculo”, uma sociedade que produz mais imagens e sons do que pode ver e digerir (a imagem se franja, foge, se esquiva), atinge a geração que mais havia investido nesse processo, a dos autodidatas cinéfilos, para quem a sala de cinema tomou o lugar, ao mesmo tempo, da escola e da família: a geração da Nouvelle Vague e daquela que a seguiu, formada nas cinematecas. A partir de 1968, Godard irá se retirar e percorrer o mesmo caminho em sentido oposto: do cinema à escola (são os filmes do grupo Dziga Vertov), depois da escola para a família (Numéro deux). Regressão? E por que não diríamos também ‘regressismo’?” (Serge Daney em O therrorisado)