Segundo a palestrante Scarlett Marton, o workaholic é uma figura que tem características bem específicas: compulsão desenfreada pelo trabalho. Vida pessoal e profissional se confundem:a pessoa vê o mundo e a si pela lente do trabalho. Tudo, na sua vida, se converte em metas e obrigações. Do ponto de vista filosófico pode-se pensar: a única certeza de que o homem dispõe é de que ele desaparecerá. Como suportar a angústia diante dessa finitude? Segundo Scarlett, o workaholic é marcado pela alienação de si mesmo. Ele está despossuído de sua própria identidade, e portanto, de seus limites. Ele não se reconhece mais. Assim, ele está inteiramente possuído pelo trabalho e perde sua autonomia. Scarlett acrescenta: "Nós não temos mais controle do nosso próprio tempo. Há uma ideologia da mais completa devoção ao trabalho. Na sociedade atual o trabalho é um valor positivo, dignifica o homem. Depois de séculos de adestramento, sequer podemos imaginar em uma vida sem trabalho."
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