O chefe de uma decadente família aristocrática acha que o destino lhe sorriu quando a bela filha de um homem rico aceita casar-se com seu filho. A jovem e sua tia viajam para conhecer a família do noivo e descobre uma besta misteriosa que ronda a propriedade.
A base deste cultuado clássico do cinema subversivo é uma espécie de recriação da fábula A Bela e a Fera. É desconcertante como o diretor mistura o grotesco e o sublime dentro do filme. A jovem tem relações com a Fera (aqui como um grande lobisomem), numa das seqüências mais bizarras da história do cinema. Mas ao mesmo tempo o filme tem, na linguagem e nos enquadramentos, recursos extremamente belos e poéticos. Mais que condenar o puritanismo e os costumes que reprimem a liberdade individual, o diretor consegue combinar de forma magistral o psicológico, o erotismo, o grotesco e o surrealismo, e isso é o que torna esse modesto filme extremamente fascinante!
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